A escola como sistema debilmente Articulado
Em 1976, Karl Weik publicou um artigo intitulado “educacional Organizativos as Loosely Coupled Systems”, que se tornou uma referência obrigatória para os estudos organizacionais sobre a escola. De acordo com isso as escolas são vistas como Loosley coupled (organizações debilmente acopladas, ou seja, existe uma conexão frouxa ou uma desarticulação entre os diferentes elementos. Dai Weik e Orton identificaram os oito frequentes tipos de articulação débil: a articulação entre indivíduos, entre subunidades, entre organizações, entre níveis hierárquicos, entre organizações e ambientes, entre actividades e entre intenções e acções. Com isso Weik questionou os dois tradicionais argumentos de conexão nas organizações (tecnologia e autoridade).
Alguns autores têm usado o princípio de desarticulação organizacional como objecto de estudo através da abordagem organizacional designada por modelo (neo) institucional.
Quando a prioridade de uma escola consiste em responder às normas, valores e expectativas da sociedade, as estruturas formais transformam-se em mitos e cerimonias, neste caminho a estrutura formal da escola não assume uma função instrumental de fundamentação estrutural e orgânica da organização escolar. A escola se encontra estruturalmente dependente dos interesses sociais, dai surge a necessidade de efectuar mudanças na sua actividade e encontrar mecanismos formais que respondem regularmente à sua imagem pública. Caso a desconexão tratar de uma estratégia de resposta a ambientes incertos e diversificados, as organizações necessitam de um mínimo de conexão que impede a sua desagregação.
Perante este dilema os autores falam daquilo que é conhecido como lógica de confiança, assim mesmo que a estrutura formal não coordene satisfatoriamente a actividade educativa, não significa a desagregação da escola.