educação de infancia
Faculdade de Ciências Humanas e Sociais
Departamento de Ciências da Educação e da Formação
Ciências da Educação e da Formação
Educação de Infância
Ano Letivo 2011/2012
3º Ano/ 1º Semestre
Resumo do capítulo I:
Homem, M. (2002). O jardim de infância e a participação dos pais na escola. In Instituto de Inovação Educacional (Ed.). O jardim de infância e a família: As fronteiras da cooperação. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.
CAPÍTULO I – A Educação Pré-Escolar em Portugal
De forma geral, Homem (2002) define a educação pré escolar “como um conjunto de serviços e de ações familiares e extra familiares de atendimento à criança, desde o seu nascimento até a entrada na escolaridade obrigatória” (p. 23). Note-se que a definição adotada coincide com o sentido que a Lei de Bases do Sistema Educativo (LBSE) confere à educação pré escolar.
Simultaneamente, no discurso pedagógico português utiliza-se a expressão “educação de infância” para classificar a mesma realidade, o que revela, no entanto, a existência de duas orientações pedagógicas diferentes. Assim, enquanto a educação pré escolar enfatiza o seu caráter preparatório para a escola, a educação de infância centra-se no desenvolvimento integral da criança (Silva, s.d.). Deste modo, esta não consensualidade remete-nos para uma certa ambiguidade relativamente à própria definição do conceito, bem como à idade de ingresso e duração da educação pré escolar. Como tal, na opinião da autora, a ambiguidade revela-se como um dos aspetos caracterizadores da problemática de educação pré escolar em Portugal.
De acordo com o Formosinho (1994) a educação pré-escolar esteve, desde a sua origem, associada à necessidade social do trabalho feminino, sobretudo na classe operária. Posteriormente, passou a estar associada às ideias pedagógicas da Escola Nova, às quais a classe média mais