A erva mate no oeste do parana
A extração da erva-mate na região oeste do Paraná data desde o seculo XVIII; indios paraguaios e argentinos exploravam a região pertecente ao Brasil, com o cultivo da erva mate.
Com a abertura e exploração da região oeste paranaense, foi intensa a habitação na região que hoje é a cidade de Foz do Iguaçu, antes habitada por indigenas argentinos e paraguaios que ali cultivavam a erva-mate.
Em 1905, a população da Colônia de Foz do Iguaçu já era de aproximadamente mil habitantes.(WACHOWICZ, 2001, p. 232)
Os colonos que ganharam lotes de terras nos domínios da colônia tinham por obrigação principal produzir agricultura de subsistência. Mas isso não ocorria. Os que abandonaram a colônia passaram a explorar a erva–mate e cortar madeira. Com o tempo, deixaram seus lotes e foram predar as terras e matas do governo. Os próprios oficiais, para lá destaca- dos, consideravam-se desterrados. Aproveitavam, pois, o tempo existente para melhorar sua situação financeira, por meio do contrabando. Como a colônia não prosperava, em 1912 foi entregue à administração do Estado do Paraná (WACHOWICZ, 2001, p. 233).
A frente de extração da erva-mate se deu basicamente atraves dos “obrages”¹, proprietários argentinos de latifundios, que viram na região da colonia de Foz do Iguaçu, um grande mercado de expansão pelo fato da região não haver presença brasileira e nem fiscalização, o sistema de obrages se desenvolveu na região.
Assim, os proprietarios argentinos compravam porçoes de terras na região para o plantio e extração da erva – mate, mas na maioria das vezes se apropiavam de forma ilegal, fazendo expediçoes pela região e se apossando de boa parte das terras as margens do rio Paraná, onde facilitava o transporte das cargas por navios.
Em alguns atraves dessas expediçoes providas pelos argentinos, e que utilizavam mão de obra paraguaia, para exploração de materia prima brasileira, o oeste paranaense foi sendo ocupado por milhares