A origem da obra de arte
Faculdade de Teologia
Breve análise da obra
“A origem da obra de arte”
De M. Heidegger
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Maria Margarida Miranda Salazar
Trabalho realizado no âmbito do curso de formação de professores
“Ética, Estética e Educação Moral” do Prof. Nuno Higino T. da Cunha
Porto
2008
A obra que humildemente vou passar a comentar é um ensaio da fase final de M. Heidegger. Quis a sorte que fosse este o texto que eu iria passar a “saborear” durante quinze dias. Heidegger medita acerca da natureza da obra de arte. Para ele a arte é um enigma e os enigmas nem sempre se resolvem. O autor convida-nos a olhar para o invisível que a arte encerra. Heidegger divide a sua reflexão em três partes: “a coisa e a obra”, “a obra e a verdade” e “a verdade e a arte”. Começando pelo título do ensaio, Heidegger começa por dizer que a origem de algo é a proveniência da sua essência. A obra surge pela actividade do artista. Este é a origem da obra e a obra é a origem do artista. Artista e obra são graças a um terceiro: a arte. A arte é origem do artista e da obra. Heidegger faz um jogo exaustivo de palavras e questiona sempre tudo. A arte encontra-se na obra de arte e a obra (o que quer que ela seja) experiencia-se a partir da essência da arte. Heidegger constata que nos movemos em círculo e temos que percorrer este círculo. Para encontrar a essência da arte que reina na obra temos que perguntar: o que é a obra? Para Heidegger as obras tem o carácter de coisas e a experiência estética não pode contornar o carácter coisal da obra de arte. Esta é uma coisa fabricada, símbolo e alegria.
a) A coisa e a obra
O autor pretende saber a coisidade da coisa designando por coisa “todo o ente que de todo em todo é”. Ao falar das coisas derradeiras pensa na morte e juízo. Ele reflecte no carácter coisal das coisas. Apresenta o conceito de coisa como suporte das suas