A ERA FHC
Quando da posse de seu primeiro mandato de presidente, fez um discurso de grande reverberação, e no qual disse que sua missão seria “acabar com a era Vargas”. Se a “era Vargas”, apesar das suas contradições, entrou para a história por colocar em prática um plano de nação, inclusive contribuindo para a regulação do trabalho, a “era FHC” será recordada como um período de destruição da economia e do trabalho. O mais dramático sintoma desse desastre foi o desumano crescimento do desemprego.
No final de 1994, o IBGE mostrava por meio da sua estatística que 4,5 milhões de trabalhadores ou 6,1% da força de trabalho no país era vítima do desemprego. FHC, no fim do primeiro mandato, em 1998, colocava 07 milhões de brasileiros – 9,2% da População Economicamente Ativa – em condição de pobreza extrema. Mais ainda, em 2 000 o IBGE mostrava que seu governo pôs no desemprego um milhão de trabalhadores por cada ano de seu governo.
É interessante notar que esse desempregado não era mais os trabalhadores de baixa escolaridade e qualificação, mas os de maior escolaridade, adultos, chefes de família, e ocupados em funções hierarquicamente superiores. Isso no seu primeiro mandato. No segundo, a situação é agravada porque são os jovens que padecem com a exclusão dos mecanismos de garantia renda e do veto ao acesso ao mercado de trabalho fazendo com os jovens vivam sem perspectiva de futuro. Quanto aos jovens de famílias pobres, restam-lhes a angustiante e desesperada busca por trabalhos precários (ambulante,