Texto FHC
Nessa obra. FHC aponta o que chama de interpretações equivocadas da realidade brasileira, mantém a visão tradicional liberal, nega o discurso do regime militar que se responsabiliza pelo desenvolvimento do Capitalismo no Brasil. Refuta também a tese do desenvolvimento baseado na super exploração do trabalho.
Formula a ideia de um “Desenvolvimento dependente associado” e localiza o que chama de “Burguesia Estatal” ou “Burguesia de Estado”. Aponta que as empresas estatais são muitas, mas que o controle dessas não é público, grupos privados se apropriam da administração das estatais e se constituem enquanto uma fração da burguesia.
Fala-se na formação de uma técnico-burocracia que realiza ações voltadas para a acumulação. Defende o termo autoritarismo mais adequado que a noção de Facismo para explicar a realidade brasileira. Fala dos intelectuais como se esses não fossem vinculados a uma perspectiva e a uma referência de classe, retoma a ideia de uma “democratização substantiva”.
Para o pensamento liberal no Brasil, o Estado não é público e representa interesses de grupos privados, em sua tese, Estado e Sociedade estãoarticulados. Para FHC, é preciso superar a dicotomia entre estado e sociedade presente no pensamento político brasileiro. Aponta que, na América Latin,a mesmo o discurso democrático prioriza o Estado e vida social coletiva e não a liberdade individual, que é o fundamento do Liberalismo.
Fala em cidadania e representação, critica os Liberais brasileiros que, segundo ele, historicamente estiveram pendurados no Estado, teriam sido derrotados não só do ponto de vista teórico, mas também político.
No Brasil o Estado é protagonista da revolução burguesa, ele tem um projeto e puxa as classes. Critica o que chama de estatismo de esquerda e de direita, para ele ambos se desdobram no fortalecimento da empresa pública para conter o desenvolvimento da privada.
As empresas