Estudo Dirigido - Análise do Discurso
Projeto Fome zero a respeito da erradicação da fome, com discursos de Fernando Henrique Cardoso, de Delfim Neto, de Edmar Bacha, e com o discurso bíblico. Há o uso, também, de certas verdades sociais e da história para situar sua crítica.
A presença desses discursos modifica o modo de conceber a crítica de Jarbas. Ao fundamentar sua idéia sobre a fome no Brasil com a citação de Brunel, ele legitima o que diz. O discurso político comum corrobora sua posição e indica a fragilidade da política do nosso país. Os dados estatísticos do IPEA também ratificam a oposição que faz ao governo FHC e ao Projeto Fome Zero. Ao citar o discurso de FHC, no qual este prometia “varrer do mapa do Brasil a fome e a miséria”, Passarinho faz um comparativo com o momento em que Delfim Neto era “condutor da economia”, o regime militar. Como é opositor ao governo FHC, o autor diz que o governo do regime militar foi superior por ter sido desenvolvimentista e diz ainda que o Brasil, no governo FHC, se tornou o campeão em má distribuição de renda, e para isso embasa seu discurso utilizando dados que apontam a situação do Brasil frente à de países mais pobres.
Assim Jarbas Passarinho direciona seu discurso para a questão da distribuição de renda e mostra opiniões que visam erradicar a pobreza e, consequentemente, a fome. Utiliza o discurso de Edmar Bacha sobre a questão e faz uma crítica a solução dada por ele. Usa também as opiniões de organismos internacionais e os dados do IPEA sobre a distribuição de renda, que estimou que a pobreza fosse erradicada com a distribuição de renda de R$33 bilhões/ano, fazendo crítica ao Projeto