A Educação e Sociedade

A Relação Educação e Sociedade

Ao falarmos sobre a relação da educação e a sociedade, devemos refletir sobre os possíveis conflitos existentes entre as mesmas. Tais conflitos trazem a necessidade de uma reformulação da ação, torna-se necessário saber o que se visa com essa ação, ou seja, quais são os seus objetivos. E determinar objetivos implica definir prioridades, decidir sobre o que é válido e o que não é válido. Sabemos que a educação visa um refinamento do homem. Uma visão histórica da educação mostra sempre como esta sempre esteve preocupada em forma determinado tipo de homem. Os tipos variam de acordo com as diferentes exigências das diferentes épocas. Para Durkheim a educação e a sociedade caminham juntas, pois a criança desde a infância seria educada para saber viver em sociedade, os saberes adquiridos através da família, igreja, escola e a comunidade iria propiciar o homem saber, por assim dizer, as regras da vida. Durkheim descreve:

A criança só pode conhecer o dever através de seus pais e mestres. É preciso que estes sejam para ela a encarnação e a personificação do dever. Isto é, que a autoridade moral seja a qualidade fundamental do educador. A autoridade não é violenta, ela consiste em certa ascendência moral. Liberdade e autoridade não são termos excludentes, eles se implicam. A liberdade é filha da autoridade bem compreendida. Pois, ser livre não consiste em fazer tudo aquilo que se tem vontade, e sem em se ser dono de si próprio, em saber agir segundo a razão e cumprir com o dever. E justamente a autoridade de mestre deve ser empregada em dotar a criança desse domínio sobre si mesma. (DURKHEIM, 1973, P. 47). Nessa corrente de pensamento percebemos que a educação, na sua acepção mais ampla, tem objetivos que ultrapassam o raio da ação da escola, a educação torna-se algo que não se deve ser restrito apenas ao estado e a família, mas a educação exige a contribuição de outras estruturas sociais além da escola. De forma mais ampla