A educação sonhada por Freire
Paulo Freire mestre supremo de nossa Educação foi, e ainda, é um grande personagem da História da Educação, pessoa de personalidade forte, sempre engajado na luta pela liberdade social, enfim, um grande educador que sem dúvida alguma merece o nosso respeito e admiração. Desta forma, não poderia deixar de privilegiar este autor para a realização desta escrita. Segundo Freire:
“ não basta saber ler que “Eva viu a uva, diz ele. “É precisso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”. ( FREIRE, 1991, p. 01)
Foram estas mesmas palavras que o levaram para o exílio durante o período Militar, pois os militares acreditavam que ele fosse subversivo e ignorante. Freire passou vários anos exilado do Brasil, mas mesmo assim não desistiu de sua luta pelas causas sociais, por melhores condições de vida para os oprimidos e marginalizados. Paulo Freire acreditou durante toda sua vida que a educação poderia ser transformada e delineada, mas dizia que para isso viesse a acontecer, a cara da escola deveria mudar, se transformar. A escola nas palavras de Freire deveria ser um local onde “se ensine e aprenda coma alegria”, isso quer dizer, onde professores, direção e alunos trabalhem engajados por uma educação melhor, mais humana, e, de qualidade. Freire afirma em seu livro A Educação na Cidade:
“... não se muda a “cara” da escola por portaria. Não se decreta que, de hoje em diante, a escola será competente, séria e alegre. Não se democratiza a escola autoritariamente. A Administração precisa testemunhar ao corpo docente que respeita que não teme revelar seus limites a ele, corpo docente. A Administração precisa deixar claro que pode errar. Só não pode é mentir...” (FREIRE, 1991, p. 25)
Freire acreditava desde o principio que a educação deveria se fazer “além da alfabetização, construindo com os próprios educandos, alternativas no campo da educação