A educação jesuítica no brasil: algumas discussões
A companhia jesuíta é fundada em 1540 por Inácio de Loyola como reação da igreja católica à reforma protestante, e tem em seus princípios basados na busca da perfeição humana através palavra de Deus e exercícios espirituais; severa disciplina e respeito à hierarquia nos moldes da estrutura militar; valorização das aptidões individuais dos seus membros. Os jesuítas tornaram-se rapidamente uma poderosa e eficiente congregação religiosa. A educação se constituiria com o passar do tempo, em sua principal atividade.
A primeira intenção do rei D. João III com o envio dos jesuítas para a colônia era a conversão dos indígenas à fé católica através da catequese e do ensino de ler e escrever português. E assim chegam ao Brasil em 1549 o primeiro grupo de padres jesuítas sob o comando do padre Manuel da Nóbrega e fundam no mesmo ano na Bahia, a primeira “escola de ler e escrever” do Brasil. Mas, o projeto educacional dos jesuítas ia além da catequização, pois pretendia uma transformação radical do modo de vida e produção dos índios inculcando o habito do trabalho como princípio fundamental: Portanto um projeto de transformação social.
Durante mais de dois séculos os jesuíta, tendo como base o Ratio Studiorum (um conjunto regras que visavam a unidade do método pedagógico e a instrução dos padres jesuítas sobre a natureza e obrigações da função de preceptor) implantaram no Brasil um sistema escolar que abrangia desde o ensino elementar: escola de ler e escrever, passando pelo secundário: