Jesuitas
Segundo Junior & Lopes (2008), para obter êxito nesta extração e até mesmo em investidas futuras pela terra, os portugueses sentiam a necessidade de comunicar-se de forma eficiente com os habitantes naturais do Brasil, os índios, que não possuíam quaisquer características comuns aos portugueses, fossem estas culturais, antropológicas ou sociais.
A fim de alfabetizar os nativos na Língua Portuguesa e, assim, possibilitar o entendimento entre portugueses e índios, ou dominadores e dominados, foram enviados de Portugal padres jesuítas, que deram início ao período das Companhias Jesuíticas (JUNIOR & LOPES, 2008).
A Companhia é composta por membros de uma ordem religiosa sob regras e estatutos próprios. Tem caráter empreendedor e combativo que se comprova desde o momento de sua fundação, em 1540, por Inácio de Loyola, durante o movimento de reação da Igreja Católica contra o Protestantismo. Com o objetivo de conter o movimento protestante, os jesuítas buscaram converter ao catolicismo os povos das regiões em colonização através da educação e de ações missionárias (NETO & MACIEL, 2008).
O primeiro grupo de jesuítas chegou à Colônia Brasileira em 1549 chefiado pelo Padre Manuel da Nóbrega, que em agosto do mesmo ano fundou a primeira “escola de ler e escrever” brasileira. Manuel da Nóbrega se tornou o primeiro Provincial com a fundação da Província Jesuítica Brasileira em 1553, e teve papel ativo no processo de colonização e catequização dos índios: fundou cinco escolas de instrução elementar (localizadas em Porto Seguro, Ilhéus,