A Educação Jesuíta
A educação formal no Brasil começou em 1549 com a chegada dos colonizadores. Com eles vieram os Padres da Companhia de Jesus e também Padres de outras ordens religiosas tais como os dominicanos, beneditinos, agostinianos, franciscanos, carmelitanos, capuchinhos e outros, porém, todos vieram com o mesmo objetivo que era evangelizar, catequizar, propagar a fé cristã entre os nativos, difundindo valores, dogmas e princípios cristãos.
Esses padres, no litoral brasileiro, criaram dezessete colégios, seminários e internatos, que eram destinados à educação das elites, aos filhos dos portugueses nascidos aqui, e também aos filhos dos fazendeiros e dos senhores de engenho. A educação visava à formação de novos padres para continuarem os trabalhos missionários e servia também para formar administradores locais.
Os jesuítas criaram também os aldeamentos e os recolhimentos destinados à catequese, à evangelização e à preparação de mão de obra, e, por ordem da Coroa Portuguesa celebravam os rituais religiosos nas aldeias, batizavam os nativos e ensinavam a língua portuguesa, os bons costumes e o catecismo.
O projeto de colonização dos portugueses era concentrado nas capitanias hereditárias, nas sesmarias, nas grandes propriedades rurais na utilização da mão de obra dos nativos e dos escravos e na exploração dos bens naturais.
Os colonizadores portugueses, auxiliados pelos padres jesuítas e pelas ordens religiosas, desenvolveram uma sociedade hierarquizada e autoritária onde o poder de mandar era centrado no monarca e nas autoridades católicas.
Havia muitas diferenças entre a cultura dos portugueses, dos africanos escravizados e dos nativos.
O ensino oferecido nos colégios e seminários era destinado a atender aos interesses das elites dirigentes, onde havia hierarquia das tarefas.
Os padres introduziram, na colônia, uma educação voltada para a manutenção das estruturas hierárquicas e de privilégios