EDUCAÇÃO JESUÍTAS
O ensino jesuítico era influenciado pelo formalismo pedagógico. O formalismo pedagógico consistia na contradição existente entre os princípios cristão europeus, os ensinados nas escolas e a realidade moral. Nele, o formal se contrapõe ao real, existindo um contraste entre práticas e princípios, porém, a realidade era outra bem diferente.
O projeto educacional jesuítico pretendia formar um modelo de homem baseado nos princípios escolásticos. A condição básica desse ensino estava ligada a idéia de cultura a que se faziam portadores os padres jesuítas. O trabalho de catequização e conversão do gentio ao cristianismo destinava-se a conformação do indígena ao homem civilizado, de acordo com os padrões sociais dos países do século XVI.
A educação jesuítica lançava mão da forte arma da submissão e de domínio intelectual. Por isso era assumida pela Igreja e pelo poder português. Um dos seus interesses era a exploração e defesa da Colônia, interesses esses que convergiam em função da ordem, o que refletia em seu caráter elitista. Não visava à formação de todas as camadas sociais , mas a formação da classe dominante, preparando-a para o trabalho intelectual, de acordo com o modelo religioso católico.
A partir de Verney, o reformismo ilustrado, apoiado no otimismo jurídico que o caracteriza, entra na ordem do dia. O verdadeiro método de estudar, de Luís Antonio Verney, pretendia opor-se ao método pedagógico dos jesuítas. Diante disso, a importância da obra de Verney, se dá no reformismo ilustrado, apoiado no otimismo jurídico que o caracteriza, entra na ordem do dia. A secularização constitui seu traço dominante. A fé no progresso, a ênfase dada à razão e a crença no poder quase mágico das Luzes completa o ideário.
A obra de Luís Antônio Verney marca um progressismo notável que motivou fortíssimas reações e acesa polémica devido às orientações pedagógicas defendidas (entre elas, o acesso da mulher à Educação), tributo às investigações