a educação especial e a educação inclusiva
Este artigo busca refletir sobre a Educação Especial no contexto da Modernidade e problematizar a Educação chamada inclusiva.
A educação inclusiva é a educação para todos, que visa reverter o percurso da exclusão, ao criar condições, estruturas e espaços para uma diversidade de educandos. Assim, a escola será inclusiva quando transformar, não apenas a rede física, mas a postura, as atitudes e a mentalidade dos educadores, e da comunidade escolar em geral, para aprender a lidar com o heterogêneo e conviver naturalmente com as diferenças.
A modernidade descrita como sociedade disciplinar ou normalizadora pode ser compreendida como um ambiente de sucessivos confinamentos, cada qual com suas próprias leis e sanções disciplinadoras.
No cenário do mundo moderno, a exclusão social se manifesta como formação ideológica dominante, onde o sujeito com deficiência é o principal personagem, já que os seres humanos são calcados na dicotomia de certo e errado, bom ou ruim, normal ou anormal.
A deficiência entendida como desvio da normalidade, constitui-se como um objeto permanente de isolamento e vigilância. Tais atitudes se manifestam no cotidiano sob as formas de preconceito e de descriminação.
É discutido que, a modernidade sobre as pessoas com deficiências está calcado no entendimento da deficiência como um desvio da norma, como um não ajustamento aos padrões ideologicamente definidos como normais.
Nesta perspectiva, as análises históricas realizadas por Foucault mostram como as práticas e os saberes vêm funcionando, nos últimos séculos, para fabricar a Modernidade e o sujeito moderno. E a escola, mais do que qualquer outra instituição, encarregou-se de operar as individualizações disciplinares e, com isso, cumpriu um papel decisivo na constituição da sociedade moderna.
Chama-se de anormal aquela diferença que, em relação maioria, se convencionou ser insuportável. Tal diferença passa a ser