A educação do campo
Sabe-se que a educação é um fenômeno próprio do ser humano, uma exigência do e para o processo de trabalho, ou seja, esta surge para satisfazer a necessidade que o ser humano passou a ter ao longo de sua exigência, sendo dessa forma também um processo de trabalho.
A educação surge entre as relações humanas assim como o capital, sendo desse modo profundamente afetado por essa ordem social a qual estamos submetidos. Dessa forma a atividade educativa se ver diante de uma encruzilhada: contribuir para reprodução ou para superação dessa ordem social.
Sabemos que a educação não se restringe a educação institucionalizada, visto que devido essa surgir do processo de trabalho entre os seres humanos, ultrapassa as paredes das instituições formais de ensino. Porém como a educação formal passa a ser essencial para produção de conhecimentos sistematizados torna-se relevante ressaltar que no contexto atual em que estamos inseridos percebe-se que a mesma vem seguindo uma lógica conservadora de educação, a qual ver a ordem do capital como a mais adequada para a sociedade, de modo que vem contribuindo para reprodução dessa lógica, formando sujeitos cada vez mais polivalentes, multifuncionais e competitivos, qualificando-os apenas para o mercado de trabalho.
Seguindo uma outra corrente de pensamento temos na educação a perspectiva progressista que ver a possibilidade de se controlar a lógica mais profunda do capital, supondo que “um outro mundo e uma outra educação é possível” sem que para isso haja necessariamente uma superação radical do capital.
Essa visão progressista põe ênfase na “educação cidadã crítica” formadora de sujeitos críticos e autônomos. Uma educação que não visa apenas a reprodução da ordem social e que não prepare indivíduos apenas para servirem de mão de obra para o capital.
Dentro dessa perspectiva progressista de educação está inserida a proposta de educação do campo, que se contrapõe a educação tradicional e bancária vigente,