A educação como fator transformador da sociedade
A ação antidialógica que pauta a realidade escolar brasileira é o pano de fundo da análise freireana da educação de nosso país. Esta ação se fundamenta na perspectiva de que existem os que sabem, e tem que partilhar o seu conhecimento, e aqueles que nada sabem e tem que ser gratos por estar recebendo a oportunidade de receber.
Por outro lado, a ação dialógica propõe a construção coletiva do conhecimento, a partir dos interesses e das demandas que partem da realidade, e da percepção que os despossuídos tem dela.
Assim, a opção de uma educação libertária se fundamenta na opção radical (porque ligada às raízes) pela democracia, que prescinde o diálogo (que constrói uma consequente “ação dialógica) em todo o processo educacional.
Neste texto, analisaremos como uma pessoa, contrariando as expectativas que a sociedade faz dela e o próprio roteiro pré-concebido de sua vida, consegue educar-se de forma autodidata, e transformar a sua existência. Existência essa até então possuidora de um desenvolvimento e finais previsíveis – envolvimento com drogas, roubos e internações em unidades correcionais. O fim seria provavelmente a prisão e/ou morte de nosso personagem. No entanto, Roberto Carlos Ramos utilizou a seu favor todos os valores aprendidos em sua infância e adolescência desviadas, e conseguiu manter-se aberto às chances que apareceram em sua vida, e assim conseguiu reescrever sua própria história.
ROBERTO CARLOS RAMOS – UM EXEMPLO DE COMO A EDUCAÇÃO PODE TRANSFORMAR
A educação e a sociedade se interdependem. A deficiência na educação explica as crises sociais. A sociedade está em constante transformação, movimento, crescimento, e a educação garante que esse desenvolvimento seja positivamente evolutivo.
Tão relacionado quanto, a falta de educação colabora negativamente para uma sociedade em conflito, incapaz de um desenvolvimento sustentável, solidário.
Nesse contexto, a prática social permite a transformação,