A ECONOMIA POLÍTICA DA ESCASSEZ DE POUPANÇA DOMESTICA
A população domestica aumentou e se estabilizou perto de 20% nos anos de 1970, oscilou bastante na década seguinte, caiu a partir do inicio dos anos 1990 e se recuperou, pelo menos em parte, nos primeiros anos deste século.
Como explicar nossa baixa poupança? A literatura sobre os determinantes da poupança é extensa e objeto de muita controvérsia entre os economistas, de forma que não há uma interpretação consensual sobre porque o Brasil poupa pouco.
Os modelos de crescimento mostram que sociedades que poupam mais tem renda per capita mais alta, confirmando a relação positiva entre renda e poupança. A taxa media de poupança da Brasil, de 16% do PIB, ficou abaixo do que se esperaria da relação de $ 7.657 dólares internacionais, o país deveria ter tido taxa de poupança de 21% do PIB.
Se esperaria que, dada sua taxa de crescimento médio nesses 20 anos (3,2%), o Brasil tivesse poupado quase 19% do PIB. De acordo com essa relação, para crescer 5% ao ano, o Brasil precisaria poupar 23% do PIB. Um dos fatores que sustentam essa relação é o fato de os trabalhadores na ativa, que estão em fase de poupar, ganharem mais que os aposentados, que são mais inclinados a “despoupar” o que guardam na sua fase laboral.
A recuperação parcial recente da população publica reflete principalmente o aumento da carga tributaria que fez com que a administração publica se apropriasse de maior parcela da renda disponível bruta.
O outro ponto anteriormente mencionado não é difícil de entender. Como as crianças e as pessoas idosas, em geral, não geram renda própria, mas consomem, quando seu peso na população aumenta, os países tendem a poupar menos.
Mais preocupante essa proporção atingira o mínimo na década de 2020, voltando depois a crescer, por conta do envelhecimento da população.
2. O PAPEL DO ESTADISTA
Em relação a sua carência crônica de poupança, duas coisas. Primeiro, o governo deveria “nadar contra a maré”, isto é,