A economia brasileria no café
Na segunda metade do século XIX a economia cafeeira vivia em situação bem favorável, com a expansão das plantações, aumento da produção e de preços no mercado internacional. A partir dos anos 70 a produção do Estado de São Paulo ultrapassou a do Estado do Rio de Janeiro e os planaltos paulistas, aos poucos, a partir de Campinas, começaram a expandir suas plantações. O surgimento e proliferação dos navios a vapor também representaram um novo impulso ao comércio de longas distâncias e em particular favoreceram as relações comerciais entre o Brasil, a Europa e os Estados Unidos.
Como conseqüência desta conjuntura favorável ocorreu rápido crescimento da produção brasileira de café, ocasionando a superprodução. Este problema manifestou-se desde o final do século XIX. Em 1882, a produção ultrapassou o consumo mundial. A partir de então os cafeeicultores e empresários ligados ao setor do comércio do café começaram a articular uma política de defesa do setor cafeeiro. Pois o café havia se tornado o maior produto de exportação e o Brasil controlava quase que a totalidade da produção mundial.
Os fundamentos desta política de defesa do café foram então definidos pelo Convênio de Taubaté. O Estado passaria a intervir no setor, garantindo o preço mínimo nos mercados nacionais; daria garantia para se obter os empréstimos internos e externos e adquiria o excedente da produção. O Convênio previa também conter a expansão da área cafeeira, incentivar a produção de cafés de melhor qualidade e regularizar o comércio do produto.
O projeto relativo ao Convênio foi elaborado no decorrer do governo paulista de Rodrigues Alves (1902-1906), incentivado pelos seus opositores políticos. Não contava, porém, em muitos pontos com sua aprovação e, de fato, após ser aprovado pelo Senado em 31 de julho de 1906, só foi posto em execução no governo do político mineiro Afonso Pena (1906-1909), apoiado pelos fazendeiros e exportadores de café. Dessa forma, a