A drogadição e o sujeito na pós-modernidade
Débora Vasconcellos de Souza
Resumo:
Atualmente, o uso de drogas é considerado um problema de saúde pública. Desse modo, o objetivo desse artigo é investigar as repercussões e consequências atribuídas à sua utilização na sociedade pós-moderna, buscando identificar qual é o sujeito que nela encontramos. O estudo pretende ressaltar a importância do desenvolvimento de uma nova abordagem que absorva a singularidade da condição humana, rompendo os conceitos proibicionistas à abordagem de redução de danos.
Palavras chaves: Drogas, Sujeito, Fenomenologia e Proibicionismo.
A palavra “droga” deriva do termo holandês droog, que significa produtos secos, e servia para designar um conjunto de substâncias naturais utilizadas na alimentação e na medicina. Mas o termo também foi usado como substância que poderia ser consumida por mero prazer. O uso de substâncias psicoativas acompanha a humanidade desde muito tempo, sendo utilizados para finalidades como cerimônias rituais religiosas como para obtenção de prazer e experiências místicas.
Apesar do uso de drogas ser uma realidade em todas as sociedades e em todos os períodos históricos, a forma de administração e dos rituais de uso e seus desdobramentos variam de acordo com os recursos, a criatividade e as inovações tecnológicas. Então o saber sobre as drogas e as modalidades e incertezas requerem discussões e formações continuadas.(MEDEIROS, 2010, p.192).
Neste contexto, a palavra droga representou “um conjunto de riquezas exóticas, produtos de luxo destinados ao consumo, ao uso médico e também como “adubo” da alimentação, termo pelo qual se definiam o que hoje chamamos de especiarias” (CARNEIRO, 2005).
As sociedades da época colonial destacam-se por não fazerem uma distinção precisa entre drogas e comida. O que nos tempos atuais é bem diferente, pois há uma distinção clara entre alimento e droga.
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