A ditadura da beleza

Os padrões de beleza estão presentes na sociedade desde a antiguidade, e mudam de acordo com a cultura, povos, tempo, etc. No período colonial as mulheres que estavam dentro dos padrões de beleza eram aquelas mais rechonchudas, eram vistas como mais férteis e saudáveis, na antiguidade clássica valorizava-se a proporcionalidade das medidas. Na época da revolução industrial, as mulheres usam espartilhos tão apertados que chegavam a causar desmaios. E com o passar do tempo os padrões vão sempre se renovando.
Esses padrões são esmagadores no universo feminino. Hoje o padrão de beleza é corpo magro, malhado, barriguinha lisa, seios fartos, bumbum avantajado, pernas torneadas.
Mas será que existem mulheres que estão 100% adequadas a estes padrões? Está no padrão, ou ao menos próximo, significa está saudável? Até que ponto a busca pelo corpo perfeito interfere nas nossas vidas?
Mulheres passam uma vida inteira buscando um conceito de beleza que é muito relativo e que está em constante mudança. Essa busca se torna um ciclo vicioso. Você alcança um objetivo hoje, e amanhã, terá outros objetivos, algumas vezes inalcançáveis.
Com as tecnologias disponíveis atualmente, nada é realmente o que vemos. Em programas de phtoshop é possível tirar gordurinhas, marcas na pele, pode-se aumentar seios, bumbum, tornear pernas, secar a barriguinha, e é essa a perfeição que a mídia nos empurra todos os dias. Se este é “o padrão”, nem a modelo de capa de revista está adequada, pois, este padrão é ilusório, não passa de alguns efeitos e ajustes em um computador.
No artigo da Folha de São Paulo Online, “Depois de câncer de mama, alemã procura resgatar sensualidade”, Uta Melle procura retomar sua vida após um câncer em que teve de tirar os dois seios. Seu primeiro questionamento foi: Será que vou deixar de ser sexy?
O padrão vinculado à mídia interfere diretamente nas nossas vidas. Hoje Uta realiza ensaios nus, e leva uma vida normal, mas claro, cercada de questionamentos e uma