A mídia e a esfera pública no início da Europa Moderna
A mídia e a esfera pública no início da Europa Moderna
Capitulo 2
Asa Briggs e Peter Burke
Peter Burke e Asa Briggs analisam as mudanças na mídia de 1450-1790, e tem como foco os acontecimentos que receberam rótulos como: a Reforma, as guerras religiosas, as Revoluções Francesa (1789) e Gloriosa (1688);. Concluindo: o surgimento da esfera pública e a política cultural. Os autores se atentam para os valores e as informações políticas propagadas em determinadas sociedades da Europa, ou camadas sociais específicas. Observa como diferentes meios de comunicação, contribuíram para esses acontecimentos e como essas ocorrências auxiliaram para a evolução do processo do sistema de mídia. Analisa a reforma protestante onde a matéria de imprensa teve papel preponderante na luta entre protestantes e católicos, não só no âmbito religioso mas também político. Afirma que Lutero foi um propagador da imprensa, incentivando a leitura da bíblia e da liturgia em linguagem vulgar e não mais em latim como era o costume no período medieval. A ideia era que todas as pessoas tivessem acesso a Deus, sem intercessão dos clérigos, surgindo o pensamento critico e da opinião pública. Essas ocorrências surgiram como mudanças políticas no princípio da Europa moderna. As elites nesse momento promoviam debates públicos e utilizavam panfletos, o que tiveram bastante êxito no apelo ao povo. O termo "opinião pública" não existia ainda no século XVI, mas o governo se interessava pela visão do povo fosse para anulá-los, moldá-los ou em raros casos segui-los.Esse povo já eram detentores de pensamento crítico e de opinião. A invenção da imprensa gráfica arruinou o monopólio da informação da Igreja medieval, e foi por essa razão a criação do Index ( livros proibidos da Igreja Católica). Depois do estabelecimento das Igrejas Protestantes, estas começaram a ensinar sua tradições às crianças pela escrita e pela fala e não mais como a tradição da Igreja Católica