A Ditadura da Beleza
O ideal de beleza feminina muda de acordo com a época. No renascimento, por exemplo, as formas femininas eram cheias, redondas, curvilíneas.
Após a década de 60, o padrão de beleza para as mulheres era corpo esbelto, porém, esse perfil ainda não era uma regra. Algumas divas do cinema como Marilyn Monroe possuía medidas que hoje a desqualificariam como modelo.
A partir dos anos 90, esse o discurso sobre beleza feminina se tornou mais despótico definindo como belo o corpo magro, cabelos lisos e sedosos, pele cuidada demonstrando juventude eterna. Segundo Foucault o poder não está localizado em uma coisa ou instituição ele está nas relações, nas Inter capilaridades das relações e o indivíduo é fabricado pelo poder, e, a mídia é um desses espaços. Ela tem atuado na construção deste modelo ideal (irreal) de beleza aliado ao culto do corpo saudável, associando-os à felicidade e ao sucesso tanto na vida amorosa ou profissional das mulheres. Uma minoria de pessoas usa o poder e dita os conceitos de beleza, a maioria que está fora do padrão considerado belo faz de tudo para alcança-lo. As revistas femininas, a publicidade, o cinema, a fotografia de moda, tornam-se difusoras de imagens belas e ideais de mulheres, instituindo padrões a serem perseguidos pela maioria das mulheres. As mulheres recorrem a vários mecanismos para se inserirem no modelo dominante: dietas, academias de ginásticas, cosméticos, intervenções cirúrgicas plásticas etc. O Brasil é o segundo lugar em cirurgias plásticas no mundo, ficando atrás dos Estados Unidos. Os homens têm aderido às correções plásticas, mas as mulheres ainda são a maioria. O corpo é submetido a “vigilância” e “disciplina” conceitos trabalhados por Foucault.
Essa busca pelo corpo ideal gera, automaticamente, vários distúrbios psicológicos como a anorexia, bulimia, depressão. É totalmente incoerente esquecer as diversidades de biótipo e tentar se ajustar as normas