A dignidade da pessoa humana e a precarização dos direitos trabalhistas
Para tal adoção, faz-se necessário observar o mercado econômico mundial.
Vivemos, há algum tempo, na mais nova fase da Era Capitalista, a Era da Globalização, em que a regra é bastante simples: quem não é competitivo, perde.
A ilustre filósofa alemã Hannah Arendt entendia que a atividade humana se qualificava em pelo menos três categorias: o labor, a ação e o trabalho.
A natureza do labor se vincula à satisfação das necessidades essenciais para a sobrevivência de um indivíduo (alimentação, moradia, vestuário); a ação qualifica a atividade humana dos homens libertos do labor; e no entremeio destas duas categorias insere-se o trabalho que tem como objeto, de fato, a afetação de um fim, um bem dotado de valor de troca, uma mercadoria.
Hannah Arendt defendia que o trabalho faz parte da natureza humana tão quanto o nascimento e a morte: “As três atividades e suas respectivas condições têm íntima relação com as condições mais gerais da existência humana: o nascimento e a morte, a natalidade e a mortalidade. O labor assegura não apenas a sobrevivência do individuo, mas a vida da espécie. O trabalho e seu produto, o artefato humano, emprestam certa permanência e durabilidade à futilidade da vida mortal e ao caráter efêmero do tempo humano. A ação, na medida em que se empenha em funda e preservar corpos políticos, cria a condição para a lembrança, ou seja, para a história. O labor e o trabalho, bem como a ação, têm também raízes na natalidade, na medida em que sua tarefa é produzir e preservar o mundo para o constante influxo de recém-chegados que vêm a este mundo na qualidade de estranhos, além de prevê-los e levá-los em conta. (...)”
Caminhando neste plano, é mais justo do que necessário lembrar a célebre frase de outro filósofo alemão, Max Weber: “O trabalho enobrece o homem”.
No mundo atual em que vivemos, o trabalho não