A Descoberta da Penicilina
Doenças e infecções de origem bacteriana como a pneumonia, meningite, gonorreia, peste bubônica, cólera, sífilis, difteria, entre tantas outras, nem sempre foram doenças sob o controle da humanidade. Antes da descoberta do primeiro antibiótico – a penicilina, no século XX - doenças que hoje não são mais consideradas perigosas eram patologias que não tinham nenhum tipo de tratamento medicamentoso e o número de óbitos dos indivíduos que eram afetados por algum tipo dessas doenças chegava a mais de 80%. A descoberta da penicilina trouxe grandes benefícios aos soldados da Segunda Guerra Mundial e continua trazendo até hoje para toda a população salvando milhares de vidas no mundo todo. Além disso, é considerada o marco inicial para uma nova era da medicina, chamada a Era dos Antibióticos.
A penicilina foi descoberta de modo acidental pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming no ano de 1928. Apesar de estar em busca a um bom tempo de substâncias que fossem capazes de inibir bactérias, foi só quando Fleming saiu de férias e acidentalmente esqueceu algumas placas de cultura encima da mesa do laboratório que ele conseguiu detectar essa substância. Quando retornou ao laboratório algumas semanas depois, o cientista identificou algumas dessas placas mofadas e ao analisa-las notou que ao redor do mofo havia uma área transparente, indicando que naquele local não havia mais bactérias. Fleming concluiu que aquele fungo causador do mofo, identificado como Penicillium notatum, secretava uma substância – posteriormente chamada de penicilina - que definitivamente matava as bactérias. Após alguns testes Fleming descobriu nela uma característica determinante para a vida humana: além de ser um potente agente contra as infecções, é ao mesmo tempo completamente inofensiva ao organismo dos animais, permitindo o uso em seres humanos sem que haja efeitos colaterais nem intoxicação.
Durante a Primeira Guerra Mundial a penicilina ainda não tinha