A descoberta da Penicilina e sua síntese
1. Introdução
A descoberta e a utilização de drogas antimicrobianas na medicina humana e veterinária contribuíram, para que as taxas de morbidade, mortalidade e das doenças infecciosas, em especial, as bacterianas, diminuíssem (CAMPOS, 1998). Com o passar do tempo, foram necessárias algumas alterações em sua estrutura química inicial, devido a bactérias resistentes e da necessidade de ampliação do seu espectro de ação antimicrobiano (FARIAS, 2002). Com isso, o conhecimento e o controle da resistência bacteriana se tornaram essenciais para uma administração mais racional e coordenada dos antibióticos (CAMPOS, 1998). Nos dias de hoje, este grupo de antibióticos é um dos mais importantes e amplamente utilizados em tratamento clínico e na prevenção de infecções causadas por diversas bactérias (PETRI, 2003).
As penicilinas ocupam um importante lugar no arsenal terapêutico antimicrobiano, possuindo vários agentes com distinto espectro de atividade. São ativas contra bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e anaeróbias, embora sua maior atividade seja contra as Gram-positivas (PETRI, 2003).
As penicilinas passaram a representar uma opção terapêutica no tratamento e na prevenção de diferentes processos infecciosos e de suas complicações. Constituem antibióticos de elevada eficácia e, atualmente, de baixo custo, sendo opção definida nas infecções por Streptotoccus pyogenes e Streptococcus pneumoniae que se mantêm sensíveis a estes antibióticos, na sífilis (neurossífilis, sífilis congênita, sífilis na gestação, em associação ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), nas profilaxias primária e secundária da febre reumática e na glomerulonefrite pósestreptocócica (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO-SP) (SANCHES, et. al. 1997). Desta forma, a exclusão destes antibióticos das opções de tratamento deve ser criteriosa, analisando-se inclusive a possibilidade de indução de resistência a antibióticos de maior espectro (ALEXANDER, 1999).