trabalho
A área da Administração em Saúde tem uma visão e uma prática relativas à qualidade diferentes daquelas observadas na indústria. Este artigo apresenta levantamento realizado em amostra de 159 hospitais do estado de São Paulo, no segundo semestre de 1999, quanto à implantação ou não de iniciativas de qualidade. Foram estudados hospitais públicos, filantrópicos, não filantrópicos e universitários. Dos 97 hospitais que responderam à pesquisa, 23% afirmavam ter alguma iniciativa desse teor. Os 77%, cuja resposta foi negativa, atribuíam essa decisão aos custos dos programas, à demora na obtenção de resultados e à falta de necessidade. Muitos dos que apresentaram iniciativas indicaram pouco controle sobre os custos incorridos e outros tipos de conseqüências. Quase todos os que responderam positivamente informaram monitorar seus indicadores gerenciais. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676-56482009000200010&lng=pt&nrm=iso Segundo Davenport e Harris (2007), um dos fatores determinantes da competitividade da empresa é o entendimento da informação e seu consequente uso considerando o contexto e a concorrência. De nada adianta a posse da informação se a mesma não for disseminada na organização e compartilhada entre os indivíduos que dela necessitam.
Tal realidade está ainda mais presente no ambiente hospitalar, onde o uso adequado da informação tem impacto direto na conduta definida e no bem-estar do paciente. Isso ocorre especialmente devido às características das instituições hospitalares, construídas em um ambiente de grande complexidade, no qual atuam pessoas com diferentes formações e funções, havendo ainda processos que, muitas vezes, não estão claramente definidos. Nesse contexto de competitividade e complexidade, a área de Administração do Setor da Saúde desempenha uma visão e uma prática, associadas à qualidade e à produtividade, diferentes das