A descoberta da penicilina
A descoberta da penicilina por Alexander Fleming, em 1928, é um dos acontecimentos mais marcantes da história da ciência, da medicina e da farmácia do século XX. Certo dia, em 1928, ele estava em seu laboratório checando algumas culturas de bactérias estafilococos. Uma cultura em particular chamou sua atenção: ela permaneceu descoberta acidentalmente por diversos dias, e havia sido contaminada por um esporo de fungo que penetrou através da única janela do laboratório. Fleming estava a ponto de lavar o prato quando percebeu algo muito incomum: na região ao redor do fungo, os estafilococos haviam desaparecido por completo. Nas outras partes do recipiente, porém, continuavam crescendo. Fleming ficou intrigado – talvez tivesse chegado a uma maravilhosa descoberta. Ele imediatamente começou a produzir mais fungos para que pudesse confirmar sua descoberta acidental. Durante os oito meses seguintes, ele concluiu que o fungo continha uma substância poderosa, à qual deu o nome de “penicilina”, devido ao fungo Penicillium Chrysogenum notatum do qual as bactérias se originaram. A substância eliminava não apenas estafilococos, mas também inúmeras outras bactérias mortais. Após conduzir alguns testes, ele descobriu que a penicilina não era tóxica. No entanto, o fungo era extremamente difícil de ser cultivado em laboratório. Sendo assim, apenas pequenas quantidades da substância poderiam ser produzidas. Fleming precisava de grandes quantidades para conseguir tratar alguém que estivesse realmente doente e ainda demonstrar que era eficaz como antibiótico. O final da década de 1930 fez irromper a Segunda Guerra Mundial. Cientistas perceberam que as vítimas e doenças resultantes exigiam quantidades ainda maiores da substância para o combate de infecções por ferimentos. Na Universidade de Oxford, no Reino Unido, um patologista australiano chamado Howard W. Florey pesquisou em antigos registros médicos por pistas sobre uma possível descoberta.