A De Aumento
15.04.2007
A maneira mais prática de pedir um aumento é chegar no chefe, encarar olho no olho, e dizer: "Chefe, eu quero, preciso e mereço um aumento de 20%”. Nesse momento, o chefe poderá ter uma de três reações:
1. Gargalhada
2. O chefe dirá "Veja bem". E dará uma longa explicação.
3. O chefe dirá: "Mas 20% é pouco. Por que não 40%?". Essa reação, até hoje, só foi conseguida com cobaias, em testes científicos de laboratório. Na vida real, isso nunca aconteceu. Por que, então, é tão difícil conseguir um aumento? Porque quem pede vê a situação por um ângulo e quem pode conceder enxerga de oura maneira.
“Independentemente da situação da pessoa, você tem um negócio a gerir”, explica Henrique Braun, vice-presidente de uma multinacional.
As duas regras básicas são as seguintes:
1 - Todo empregado acha que ganha menos do que merece.
2 - Toda empresa acha que o empregado poderia produzir mais pelo que ele já está ganhando. “Nesse processo de negociação a argumentação é fundamental”, avalia Luciana Pompillo, gerente de RH.
Empresas não gostam de ouvir falar em aumento. Então, é preciso achar um jeito de fazer com que a empresa se interesse em escutar. Para isso, vamos dividir os aumentos em três categorias. De curto prazo, de médio prazo e de longo prazo. Pensando no curto prazo. Ou seja, já. Agora. Amanhã cedo. Uma empresa nunca concede um aumento quando o problema é do empregado. Uma empresa só concede um aumento quando o problema passar a ser dela. Por isso, o argumento do empregado nunca deve ser, por exemplo, "Estou ganhando pouco", ou "As coisas estão caras", "Meus amigos, de outras empresas, estão ganhando mais", “Todo mês estou estourando o cheque especial”. Esses são problemas sérios, não há dúvida. Mas nenhum deles é problema da empresa. “Já imaginou se eu passasse os problemas da minha empresa para os empregados”, diz o empresário Alcindo Pereira.
E quando o problema passa a ser da empresa? Quando o empregado consegue uma proposta