A dança do magnetismo terrestre
Resenha
O artigo do físico Marcelo Gleiser começa informando sobre o uma nota autobiográfica do cientista Einstein referindo-se sofre a bússola que ganhou de presente de seu pai. A bússola é um instrumento muito antigo que permite ao homem orientar-se quando se desloca. Os ímãs podem ter várias formas e tamanhos, entretanto, algumas propriedades básicas sempre se mantêm. Uma das principais é a existência de pólos: o “pólo norte magnético” e o “pólo sul magnético”. Além dos ímãs naturais, existem outros tipos, decorrentes de situações artificiais ou não, em que há a presença de propriedades magnéticas: o próprio planeta Terra é um exemplo. Pólos Magnéticos são os locais de maior intensidade da força magnética gerada pela Terra na sua crosta. A origem dessa força tem relação com a eletricidade. O núcleo da Terra é constituído por ferro e níquel líquidos, em altas temperaturas e, por estarem no estado líquido, circulam no interior da Terra por correntes de convecção, de modo que existem correntes elétricas circulando. O movimento dessas correntes provoca o aparecimento de um campo magnético na Terra. As posições dos pólos magnéticos variam com o tempo. Por esse motivo a indicação da bússola não é exatamente o Norte Geográfico. A presença de certos minerais no solo também pode alterar essa indicação. Isso é chamado declinação magnética. Existem tabelas que mostram a declinação magnética da cada localidade em cada período. E esses polos passam por inversões. Conforme nosso planeta gira, o núcleo interior de ferro fundido flui livremente, forçando os elétrons livres a acompanhar sua movimentação. Este movimento convectivo de partículas eletricamente carregadas cria um campo magnético que tem seus pólos situados nas regiões polares norte e sul (um dipolo) do planeta. Isto é conhecido como o dínamo. Estas mudanças de pólos magnéticos têm ocorrido algumas vezes nos últimos milhões de anos.