a danca dos velhos
Dança de velhos
A dança-de-velhos, que não tendo parte representada, consiste numa coreografia pura, executada por figurantes fantasiados de velhos.
Assinalada por Mello Morais Filho na província do Rio de Janeiro do século XIX, durante as festas do Divino Espírito Santo, foi descrita como dança da qual participavam doze velhos “cabeçudos”, de óculos e com casas de rabo-de-tesoura e botões de papelão. Supõe-se que esse termo indique o uso de máscaras. Arrastando os pés, os “velhos” seguiam para um tablado, sob risos e aplausos dos assistentes.
Em Goiás, o folguedo existiu até pelo menos 1922. Nesse ano foi descrito por Americano do Brasil, que lhe deu como figuras principais o batuque, a contradança, o rilo etc. Provavelmente a coreografia é uma espécie de quadrilha, assemelhada ao rilo na disposição dos pares, que formam um oito. Os dançarinos cantam quadras soltas, acompanhados por viola e violão. Ainda em Goiás é outro nome do "quebra-bunda".
A dança-de-velhos existiu em São Paulo no início do século XIX, na cidade de Franca, onde era executada por velhos e mocinhas — estas representadas por meninos vestidos de mulher. Atualmente existe em Angra dos Reis e Parati RJ, por ocasião das festas do Divino, de São Benedito e de Nossa Senhora do Rosário.
É dançada por moças e rapazes fantasiados de velhos, todos apoiados em bordões. A fantasia masculina consiste em perucas de algodão, barbas e bigodes; a feminina, em saia comprida e bata franzida.
Em 1972, em Parati, RJ, houve uma dança-de-velhos com a participação de 16 pares e acompanhamento da Banda Musical Santa Cecília. A melodia é dividida em três partes: marcha, allegro e fadinho. Durante a marcha, “velhos” e “velhas”, dispostos em colunas de dois, cumprimentam-se, avançando trôpegos e marcando o tempo com fortes pancadas do bordão contra o solo. Seguem-se diversas mudanças de posição, com repetidas meias-voltas.
Ainda durante a marcha há o garranchê