Editorial, assunto A prisão de vinicius romão
Até que ponto somos iguais perante a lei?
Negro, futuro psicólogo, ator, filho de tenente-coronel, Vinicius Romão foi preso por roubo, nesta quinta 28/02, por engano e após várias alegações por parte da família, de amigos acadêmicos, de militares amigos de seu pai e de diversas reportagens, Vinicius foi solto nesta sexta 30/02, até ai tudo bem, mas o que teria acontecido se Vinicius fosse um simples negro favelado qualquer? Será que o depoimento da vitima seria revisto? Teria acorrido uma acareação? Ou esse pobre inocente continuaria preso com base apenas na descrição de uma vítima assustada e mal atendida? As estatísticas que temos nos respondem, não aconteceria nada, já que cerca de 15% dos negros que são presos por engano continuam presos por pelo menos 1 ano, portanto não aconteceria NADA, esses casos não recebem a mínima atenção, visto que quase não há o direito constitucional a defesa o qual deveria ser oferecido pelo estado, por meio do defensor publico, que curiosamente no estado de São Paulo é 1 para cada 100.000 habitantes e que está cada vez mais mal pagos para atender a tanta gente ao mesmo tempo, mas em contrapartida a isso não acontece com a família de Vinicius, que tratou logo de contratar um ótimo e caro advogado para defender-lhe. Nesse caso a única coisa que foi levada em consideração pela polícia foi a descrição da vitima, Josefa dos grudes, que assustada e mal atendida apontou como culpado o primeiro negro que viu, mas esse não é bem o problema, o real problema que será que se ele fosse apenas um negro pobre favelado suas alegações seriam ouvidas por um minuto apenas, ou o cidadão brasileiro acusado de algo para ter voz precisa ter em sua defesa a mídia, a comunidade acadêmica, a comunidade militar e o censo comum? Será que este seria o seu fim a soltura?Quem poderia responder a todos esses questionamentos a policia largada, despreparada, mal paga e amedrontada, os defensores mal pagos e cheios de “pobres” sem voz para