A CRISE GERAL DA ECONOMIA EUROPÉIA NO SÉCULO XVII

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A CRISE GERAL DA ECONOMIA EUROPÉIA NO SÉCULO XVII A crise geral do século XVII provavelmente começou por volta de 1620, atingiu sua fase aguda entre 1640 e 1670. A partir daí as fontes são controversas. É possível que os sinais de ressurgimento já suplantassem as características de crise, embora a persistência da fome, das revoltas, epidemias e outros sinais de transtornos econômicos impedissem de se falar em completa recuperação entre 1680 e 1720. A crise não pode ser vista simplesmente como resultado das guerras, já que lugares por onde os exércitos não passaram foram afetados. Parece que as guerras agravaram as tendências existentes para a crise. Em alguns casos representaram mesmo um estímulo, como para a mineração e metalurgia, e para os países não combatentes, mas mesmo nesses casos o efeito indireto pode ter sido ruim, como ter prolongado o período de preços altos, colaborando para a manutenção da crise. Para discutir as causas da crise do século XVII Hobsbawn estabelece como problema central o fato de a Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX não ter acontecido na seqüência da expansão dos séculos XV e XVI. Para ele, os obstáculos para a expansão capitalista possuem respostas gerais e particulares, ou seja, para o capitalismo triunfar a estrutura feudal devia sofrer uma revolução, tanto no modo de produção quanto no consumo da mercadoria. Isto requeria longo prazo. Enquanto houvesse predominância do setor rural na economia haveria impedimentos à expansão capitalista. As antigas teorias que atribuíam a vitória do capitalismo ao “espírito de empresa” eram débeis, uma vez que o mero desejo de conseguir um benefício máximo e ilimitado não produziria a revolução técnica e social necessária. Os obstáculos meramente técnicos para o desenvolvimento capitalista nos séculos XVI e XVII não eram insuperáveis. O que ocorreu foi que nem o capital nem a mão-de-obra foram aplicados em indústrias potencialmente modernos. Para o autor o resultado mais

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