11º ano
1. População da Europa nos séculos XVII e XVIII: crises e crescimento
Introdução:
Desde finais do século XVI até ao segundo quartel do século XVIII, houve um crescimento lento da população europeia, devido às crises económicas.
Neste período, houve várias crises de mortalidade, causadas pelas más condições de vida originadas pelas crises económicas, mas também pelas contínuas guerras político-religiosas.
Só no século XVIII, foi possível tratar destas crises devido à melhoria das condições de vida das populações, provocando uma quebra na mortalidade, o que levou a um crescimento da população europeia.
Durante a Idade Moderna (séculos XVI, XVII e XVIII), a evolução demográfica na Europa teve ritmos, diferenciados de acordo com as regiões e os condicionalismos estruturais/conjunturais que as afetavam.
Economia e População
No período do século XVI, houve uma alternância de ciclos demográficos (século XVI foi de crescimento para todas as regiões; século XVII foi de estagnamento ou retrocesso, mas diferente entre várias regiões europeias, pois foi díspar entre a recessão/estagnação demográfica e económica na Europa do Sul e do Leste, com tendência de crescimento da Europa do noroeste, caso da Holanda e Inglaterra; e o século XVIII foi de expansão. Este facto foi uma característica - tipo da História Europeia antes da redução industrial (2ª metade do século XVIII).
Esta alternância de ciclos demográficos explica-se pelo sistema económico que vigorou na Europa económica pré-industrial que vigorou até finais do século XVIII.
A economia pré-industrial caracterizava-se essencialmente pela base agrícola (3/4 da população trabalhava a terra, que dependia da fertilidade natural e das condições climáticas, e viva pobremente) e pela debilidade/fraqueza tecnológica (instrumentos de trabalho eram rudimentares).
Bastava um ciclo (1,2 anos) de más colheitas para que a fome se alastrasse,