História 11º ano
Módulo 4- Triunfo dos estados e dinâmicas económicas no século XVII e XVIII
1- Relacionar a política mercantilista adotada em Portugal com a Crise comercial de finais do século XVII
Portugal partilha os destinos da Europa e as flutuações do seu comércio. O século XVII, passa-o o nosso país sob o signo das dificuldades económicas que procura resolver implementando medidas protecionistas. Já o século XVIII se mostra mais propício. A descoberta de ouro, no Brasil, traz um desafogo financeiro breve, mas intenso, que marca o reinado de D.João; No fim do século, é a política económica do Marquês de Pombal que dá os seus frutos. Vive-se, então, um período de acentuada prosperidade.
No século XVII, Portugal vivia sobretudo da reexportação dos produtos coloniais, tais como o açúcar, o tabaco e as especiarias.
Ora, em meados do século XVII, os Holandeses, expulsos do Brasil, transportaram para as Pequenas Antilhas as técnicas de produção de açúcar e tabaco que, no litoral brasileiro, tinham aprendido. Estes cultivos rapidamente se generalizaram também aos territórios franceses e ingleses. Deste modo, a Holanda, França e Inglaterra, que constituíam os nossos principais mercados, passam a consumir as suas próprias produções, reduzindo acentuadamente as compras feitas em Lisboa.
Os efeitos negativos destas novas zonas produtoras, conjugados com a política protecionista de Colbert e a concorrência sofrida no comércio asiático, desencadearam uma crise comercial grave que, se não foi exclusivamente portuguesa, assumiu aqui maiores proporções que nos restantes países da Europa.
Entre 1670 e 1692, época em que a crise atingiu o seu auge, os armazéns da nossa capital abarrotavam de mercadorias sem compradores. O excesso de oferta refletiu-se, de forma dramática, nos preços, que baixaram sem cessar. Para cúmulo, decaíram também as vendas de sal aos mercadores holandeses que aqui deixavam, em troca, a boa prata espanhola adquirida em Sevilha ( Através do porto de