A crise econômica do séc xvii
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Hobsbawm, Eric. “A crise geral da economia europeia no século XVII”. In: Santiago, Theo. Do feudalismo ao capitalismo: uma discussão histórica. 10 ed. São Paulo: Contexto, 2006, pp. 78-92 [1ª Parte] e pp. 92-117 [2ª Parte]. Em “A Crise Geral da Economia Europeia no Século XVII”, Eric Hobsbawm põem em ordem parte das evidências que demonstram a existência de uma crise geral na economia europeia, que até hoje ainda é muito discutida e tenta através deste artigo propor uma explicação coerente para a mesma. Segundo o autor o século XVII foi marcado por uma grande crise geral na economia europeia, sendo este momento considerado como a última fase na transição do feudalismo para o capitalismo. Ainda assim o autor ressalta que desde o ano de 1300 algumas partes da Europa já enfrentavam graves problemas no sistema feudal a exemplo da Toscana e Flandres no século XIV e a Alemanha no inicio do século XVI e que essas regiões já tinham um clima de revolução burguesa e industrial, porém, apenas em meados do século XVII esse clima se transformou em algo além de um quadro essencialmente medieval ou feudal. Hobsbawm chama a atenção em seu texto no fato de que as primitivas sociedades urbanas nunca obtiveram êxito total nas revoluções que prenunciaram, mas ressalta que a crise do século XVII se difere das demais que a precederam pelo fato ter levado ao trunfo do capitalismo. Muitas são as provas para essa grande crise e o autor salienta que devemos evitar a tese segundo a qual uma crise geral equivale a uma regressão econômica, ideia o qual segundo ele esteve presente em toda a discussão da crise feudal dos séculos XIV e XV. Ainda que admita ser evidente ter ocorrido que houve uma regressão considerável durante todo o século XVII. Naquele momento o mediterrâneo deixa de ser o principal centro econômico, político e cultural da Europa evidenciando graves problemas. Nesse período a população europeia sofre um declínio no fim do século XVI até o século XVIII motivo de muitas discussões