Módulo 1
No século XVIII a Inglaterra iniciou um franco crescimento que acabaria por se acentuar mais ainda até ao século XIX. A expansão demográfica que ocorreu foi causada devido: à quebra da mortalidade, através das melhorias das condições de higiene, avanços da medicina, e a uma alimentação mais variada (com a introdução de algumas culturas coloniais); e com o aumento da taxa de natalidade, graças às transformações sentidas pela agricultura e na indústria.
Este crescimento demográfico estava em permanente interação com o desenvolvimento económico e o aumento da procura de mão-de-obra. Como consequência o saldo fisiológico passou a ser cada vez mais positivo.
A expansão demográfica na Inglaterra foi acompanhada do incremento da urbanização. Para além deste crescimento demográfico, a Inglaterra também registou um aumento na percentagem da sua população urbana. Em 1840, a Grã-Bretanha possuía uma população urbana superior à rural, tornando-se, assim, a região mais urbanizada da Europa. Ao crescimento demográfico e ao incremento urbano correspondeu a constituição de um forte mercado interno. Este mercado nacional (relações económicas entre oferta e procura) estimulou o crescimento económico e o desenvolvimento da indústria. A Inglaterra tornou-se o país com o maior rendimento per capita, e também com a distribuição mais equilibrada da riqueza onde os produtos, os capitais e a mão-de-obra pudessem circular livremente. O grande comércio internacional e a expansão do mercado externo estiveram ligados ao arranque da revolução industrial: estimulando a aquisição de matérias-primas que embarateciam os produtos da indústria britânica; possibilitando a produção em massa e a especialização; gerando uma acumulação de capitais, que seriam reinvestidos em novas fabricas, equipamentos meios de transporte e comunicação; organizando e regulando o comércio e os mercados, através de instituições que garantiam eficácia e confiança nas relações