A crise do fordismo e a emergência do pós-fordismo global

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O FORDISMO No mundo ocidental avançado, as estratégias do período pós-guerra que se basearam na intervenção do Estado sustentaram um crescimento constante e um balanceamento entre a produção e o consumo de massa, enquanto as empresas geraram um nível elevado de produtividade ao aperfeiçoarem amplamente as estratégias “Tayloristas” instituídas. Os administradores aumentaram substancialmente seus controles técnicos, através de uma centralização e racionalização adicional do processo de trabalho. Enquanto esta estratégia agudizava a distinção entre os trabalhadores da produção, da área técnica e da área gerencial, a força de trabalho foi pacificada pelos freqüentes aumentos dos salários, pela segurança no emprego, pelas oportunidades de crescimento e pela expansão do bemestar social (Harvey, 1990; Lipietz, 1992).
O capitalismo Fordista combinou empresas com alta racionalização, centralização e integração vertical com sindicatos nacionais e com uma substancial expansão do Estado, além disso, usava-se a elevada especialização e mecanização da produção, a burocratização das empresas, o planejamento extensivo e o controle burocrático de “cima para baixo”. “Fordismo Alto” é o termo que define o capitalismo do pós-guerra, ou do tipo maduro e hiperracionalizado de Fordismo (Antonio e Bonanno,
1996). Ele tinha uma força de trabalho segmentada, uma ampla e complexa organização do corpo profissional, gerencial e técnico e meios de comunicação, informação, transporte e com-28 trole extremamente sofisticados. Apesar da existência de diferenças significativas entre os setores econômicos e as regiões geográficas, o processo centralizado nos altos níveis de intervenção do Estado e na inclusão de grupos de trabalho subordinados na administração da sociedade, foram as características principais deste período. O “Alto Estado Fordista” adotou polí- ticas Keynesianas avançadas no âmbito do controle fiscal muito abrangentes e de regulação dos

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