Sociedade em rede
A empresa em rede: a cultura, as instituições e as organizações da economia informacional
Castells elenca duas importantes características da nova economia: global e informacional. É global por que o âmbito de abrangência comercial deixou de ser uma localidade, um país, e passou a buscar novos horizontes, agora globais. Uma rede de conexões entre agentes econômicos possibilita tal atividade, cujo constante desenvolver impulsiona as empresas à excelência em termos de lucratividade. E é informacional por que sua competitividade e produtividade são fatores de importância existencial para o agente econômico. Saber quantos segundos leva para ser montada uma bobina de um transformador, e quantos minutos leva a manufatura de um carro completo é informação chave para impulsionar aumentos de produtividade e, conseqüentemente, competitividade.
A economia sempre foi informativa, porém adquiriu características de informacionalidade, fomentada pela revolução aqui tratada. Reconhece, assim, Manuel Castells:
“Sem dúvida, informação e conhecimentos sempre foram elementos cruciais no crescimento da economia, e a evolução da tecnologia determinou em grande parte a capacidade produtiva da sociedade e os padrões de vida, bem como formas sociais de organização econômica. (...) A emergência de um novo paradigma tecnológico organizado em torno de novas tecnologias da informação, mais flexíveis e poderosas, possibilita que a própria informação se torne o produto do processo produtivo.”
Ou seja, os produtos das novas indústrias de tecnologia de informação são dispositivos de processamento da informação ou o próprio processamento da informação. Assim, a informação em si, acaba por ser produto.
A tecnologia, principalmente através das preocupações organizacional e gerencial, induz o desenvolvimento econômico de empresas, países e sociedades. Dessa forma, a transformação científica e econômica possui forte conexão política e social.
Considera o autor que