A crise do desenvolvimentismo
Durante cerca de trinta anos após o término da Segunda Guerra Mundial, a economia capitalista mundial desenvolveu-se a taxas historicamente altas, inéditas para tão longo tempo, ficando conhecida como Era de Ouro do Capitalismo.
Para Hobsbawm (1995), todos os países capitalistas desenvolvidos obtiveram crescimento econômico no pós Segunda Guerra Mundial.
“A economia mundial, portanto, crescia a uma taxa explosiva. Na década de 1960, era claro que jamais houvera algo assim. A produção mundial de manufaturas quadruplicou entre o início da década de 1950 e o início da década de 1970, e, o que é ainda mais impressionante, o comércio mundial de produtos manufaturados aumentou dez vezes.” (HOBSBAWM, 1995, p.257)
Preparando-se para reconstruir o capitalismo mundial ainda durante a Segunda Guerra Mundial, representantes dos países aliados se reuniram a fim de criar acordos que dinamizassem a economia mundial e estabelecessem regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais industrializados do mundo. Foi então assinado, em 1944, o acordo de Bretton Woods.
As principais disposições do sistema Bretton Woods foram, primeiramente, a obrigação de cada país adotar uma política monetária que mantivesse fixa a taxa de câmbio em relação ao dólar, mantendo a paridade com o ouro.
Para Hobsbawm (1995), o acordo de Bretton Woods reflete a crença no intervencionismo, em contraposição ao liberalismo da década de 1930. A Conferência foi convocada para construir uma nova ordem econômica mundial que impedisse novas crises econômicas como as que ocorreram durante a década de 1930.
A experiência do período entre - guerras havia deixado marcas profundas no pensamento econômico, fazendo com que o pensamento liberal fosse deixado de lado pelos Estados. O pleno emprego, contenção do comunismo e a modernização das economias eram prioridades no imediato pós Segunda Guerra e só poderiam se realizar com