A criança concreta, completa e contextualizada: a psicologia de henri wallon.
A psicologia de Henri Wallon é considerada complexa, seu estudo sobre o desenvolvimento cognitivo foi centrado na psicogênese da pessoa completa, mas seu estudo se deu a partir do desenvolvimento psíquico da criança. Entendia que a pessoa tem de ser vista na sua totalidade, por todos os seus aspectos: o cognitivo, o afetivo e o motor, um não seria mais importante que o outro.
Wallon acreditava que a cognição está alicerçada ao que ele deu o nome de campos funcionais: o movimento, a afetividade, a inteligência e a pessoa. O aspecto motor como aquele que se desenvolve primeiro e serve tanto como atividade de busca de um objetivo como função de expressar algo em relação a outro indivíduo; a afetividade atua como uma forma de mediação das relações sociais expressadas por meio das emoções, já a inteligência relaciona-se diretamente com as questões da linguagem e o raciocínio simbólico, ou seja, habilidades linguísticas e a capacidade de abstração. Por fim, mas não de menor importância, a pessoa como o campo que coordena os demais, e responsável pelo desenvolvimento da consciência e da identidade do eu.
A constituição da subjetividade e construção do conhecimento: o Desenvolvimento infantil.
A afetividade, na teoria, vai designar os processos psíquicos que acompanham as manifestações orgânicas da emoção (Dantas, 1990). A essa sensibilidade, posteriormente, vai se acrescentar a sensibilidade externa (elementos do mundo exterior), caracterizando, então, o aspecto cognitivo do desenvolvimento. Não se trata, porém de um processo linear, no qual o aspecto afetivo cederá lugar ao cognitivo. As condutas cognitivas surgem das afetivas; estas se subordinarão àquelas alternando-se em fases centrípetas, voltadas para si mesmas e centrífugas, de interesse pelo mundo humano ou pelo mundo físico. A elaboração do subjetivo se faz sobre o objetivo e vice-versa.
Segundo Dantas (1990), isso indica que o