A Coréia do Norte
Libertada da condição de protetorado japonês e posteriormente dividida, através de um acordo entre Washington e Moscou, em zonas de influência soviética, ao norte, e estadunidense, ao sul, a península coreana foi palco de um dos conflitos mais violentos do século XX: de um lado os norte-coreanos, apoiados pela República Democrática da China e URSS e, de outro, os sul-coreanos sob o amparo dos EUA e do Reino Unido. Após invadir os limites da Coreia do Sul, avançando o paralelo 38 e deflagrando a guerra, o exército norte-coreano foi reprimido por tropas enviadas pela ONU.
Juridicamente, a Guerra da Coréia perdura até os dias atuais não somente pela grande tensão ainda presente na região, mas também devido ao fato de não ter sido assinado um tratado de paz, mas sim um armistício. Mesmo com a existência de uma série de iniciativas que visavam a reaproximação entre as Coreias, principalmente durante o governo de presidentes liberais na Coreia do Sul, uma possível reunificação apresenta-se como uma idéia distante de materializar-se, em função do ressentimento em relação à guerra e as diferentes formas de organização político-social entre ambas.
A idéia que mais se aproxima da realidade, no entanto, é a de um possível conflito direto entre estes países, possibilidade ainda mais agravada pela imprevisibilidade de Kim Jong Un, líder norte-coreano, e pela grande quantidade de armamentos, inclusive de natureza nuclear,