A coruja de minerva
Nesta introdução observei que a grande questão desse estudo é a discussão sobre conceito, *usabilidade e até sobre se são atuais ou não os conceitos de teoria e prática. Como leiga, minha percepção sobre teoria e prática é até expressa no texto: “teoria” remete a pensamento, reflexão enquanto “prática” entendo como ação. Essa discussão de conceitos e aplicações é levada até as organizações. Será que todas as teorias que conhecemos estão mesmo “antigas”? Como já sabemos, dois dos grandes nomes das teorias organizacionais são Marx e Weber, principalmente Weber, onde este é um dos, senão o nome mais forte dos estudos sobre organização burocrática. Como são clássicos os debates entre os dois teóricos citados, achei muito interessante a citação de Sayer que seria uma alternativa para findar com a divergência: “o que eles concordam é mais importante do que os divide e ‘fornece’ uma base, talvez, para ir além dos dois.”. Como é explicado no próprio texto: “A desorganização da vida nas ruas da ‘sociedade civil’ é o problema que Marx teve a intenção de explicar, e não a organização da vida na fábrica.” Claro que, se bem entendido, esse isolamento perante a sociedade pode ter se originado dentro das fábricas ou ter sido consequência do grande isolamento (cada trabalhador em uma função especifica), sendo levado para o convívio em sociedade. Em minha opinião o isolamento dos indivíduos é fruto sim da modernização, chego a pensar que o inicio desse isolamento esta na revolução industrial. Reforço minha opinião, sobre esse ponto, com mais um trecho do texto: “Capitalismo e modernidade estão relacionados internamente.” E o capitalismo é caracterizado pelo aumento do trabalho, pela produção máxima e para isso as pessoas se isolam nas fábricas e quando saem não levam amigos e daí o isolamento ‘profissional’ torna-se isolamento na vida como um todo. Diferente de Marx, Weber teoriza sobre a burocracia, falando sobre