Coruja De Minerva 1
Talvez uma das maiores dúvidas dentro dos estudos organizacionais é a diferença entre teoria e prática. Geralmente diz-se que a teoria é reflexão e a prática é uma ação. Entretanto, não podemos deixar de observar que a teoria em si também é uma ação; a ação de pensar. E a prática em si também é uma teoria; a teoria de colocar em prática o que se refletiu. Por isso não há motivos de alguns acadêmicos orgulharem-se de serem apenas teóricos ou apenas práticos. A partir disso, existem várias teorias e práticas organizacionais, o que nos faz observar que talvez, as teorias e práticas passadas, não sirvam mais no presente e futuro e que talvez precisemos começar de novo. A pergunta principal é: as organizações podem ser estudadas da mesma maneira que a natureza? Para responder isso Marx e Weber nos ajudam. É importante saber que Marx e Weber são antitéticos e que Marx não fez contribuições marcantes para a teoria organizacional. Marx intencionou explicar o problema da desorganização na sociedade civil, não na organização de uma fábrica como muitos pensam. Ele diz que o homem moderno afasta-se do feudalismo a procura de novas formas de produção. Um individuo paradoxalmente “isolado”, mas cada vez mais dependente dos outros numa força produtiva que gera excedentes, este é o Capitalismo. Entretanto Marx não tem tanto a nos oferecer pois ele explica o “porquê” das organizações (para gerar lucros, excedentes) mas não os meios (como). Weber e Marx concordam que o capitalismo domina a sociedade, discordam no que diz respeito a organização da produção. Ambos são racionalistas, eliminam do trabalho todos elementos humanos e emocionais,( não importa a vida social do funcionário) lembrando que a racionalização aumenta a eficiência, mas desumaniza, e este é um dos grandes problemas dentro das ciências sociais. O primeiro passo para o surgimento das teorias organizacionais foi a necessidade de um estudo de