A Corrosão do Caráter
Índice:
• Capítulo 4: Ilegível
• Capítulo 5: Risco
• Capítulo 6: A ética do trabalho
• Capítulo 7: Fracasso
• Capítulo 8: Pronome perigoso
Capítulo 4: Ilegível O capítulo 4 se baseia na análise e comparação do funcionamento de uma padaria em dois momentos diferentes separados por um intervalo de tempo de 25 anos. De início o autor destaca alguns pontos importantes no que diz respeito ao modelo mais tradicional de serviço em uma padaria, pontua: “Fabricar pães é como um exercício de balé”, aspecto semelhante à fábrica de Diderot, onde a repetição leva a perfeição e o trabalho bem feito é algo do qual se pode orgulhar. O autor menciona inclusive como sendo essa uma das premissas dos funcionários Gregos da padaria- “Ser um bom trabalhador é ser um bom grego”. De início não conseguimos tirar muitas conclusões em cima da prosa de Richard Sennett, uma vez que a função da nossa entrevistada não se assemelha muito à fábrica de Diderot, mas sim ao segundo momento da padaria, 25 anos mais tarde, onde a tecnologia e a dinamicidade tomaram conta do ambiente: “Funciona segundo os princípios de uma organização flexível de Piore e Sabel, usando máquinas sofisticadas, reconfiguráveis. Um dia os padeiros podem fazer mil pães franceses, no dia seguinte mil croissants [...]”. Não que o serviço de motorista de carrinhos elétricos envolva tanta tecnologia, mas as suas funções, assim como as do “padeiro que não sabe mais fazer pão”, se limitam a um simples apertar de botões (um botão de ré, outro botão para ir para frente e um pedal). Elisângela nos disse que a principio é exigido habilitação de motorista para assumir o cargo, mas que alguns dos colegas de serviço nem isso têm. Evidentemente, quando o carrinho dá algum problema o motorista quase nunca é capaz de solucionar, análogo à padaria: “E ficamos duas horas sentados esperando que chegassem [...] os salvadores da assistência técnica”. E assim é a realidade, se o carrinho parar ela também não