A constituição da psicologia no brasil
46 anos
Falar atualmente do curso de formação de Psicólogo, campo de atuação, perfil vocacional dos interessados, conselho federal e regional, ou até mesmo, projetos de expansão de campo desta profissão para o futuro, nos parece algo extremamente fácil se levarmos em consideração a dificuldade e a batalha que foi para a constituição deste curso no país em 1962. Para então ter completado 46 anos neste ano de 2008, esta profissão teve um período difícil em sua institucionalização, onde temos principalmente que levar em consideração todo este processo que se deu por início em 1808, com a chegada da Corte portuguesa ao Brasil; Esta por sua vez trouxe também a sua religião, Católica, que se firmou predominantemente na totalidade social, configurada até então através de um único valor – a religião. Durante esse período vários acontecimentos importantes ocorreram que foi intitulado como “Tensões entre o físico e o moral na constituição da Psicologia no Brasil (Clio – Psyché, 2003) onde “No cenário brasileiro da segunda metade do século XIX (1851) o discurso que versava sobre os atributos da alma, especialmente sobre a vontade – um discurso que podemos entender como psicológico, e assim o denominavam alguns autores -, encontrava-se consideravelmente enfraquecido em face do crescente materialismo científico, representado principalmente pela presença cada vez mais forte do Positivismo”. “Este desloca o interesse metafísico pela alma para a descoberta da localização física de seus atributos”. Assim, as interpretações acerca do homem e do mundo foram perdendo o caráter generalizante e englobante fornecido pela religião à metade que as problematizações se tornavam mais e mais especificas ganhava terreno a demanda de investigar as funções do cérebro para fazer compreensível a diversidade humana observada na sociedade brasileira, ou seja as explicações católicas sobre a “alma” vão perdendo sua prevalência social,