GRUPO DE TRABALHO 13 1
Histórias da produção de conhecimento em Psicologia Social no Brasil AUTORES:
Simone Maria Hüning,
Marcos Adegas de Azambuja,
Neuza Maria de Fátima Guareschi RESUMO:
A Psicologia Social, como a Psicologia de um modo geral, constitui-se como um campo de saber permeado por disputas e contradições acerca de seus métodos, objetos, teorias, histórias, etc. Vimos consolidar-se versões oficiais de sua história, tradicionalmente demarcada pelo desenvolvimento das vertentes americana e européia, ou as formas sociológicas e psicológicas da Psicologia Social. Também podemos encontrar referências às especificidades de uma psicologia social produzida na América Latina, imbricada com um contexto de disputas sociais e políticas, que produziu de forma bastante explícita uma noção de 'compromisso social' (Scarparo e Guareschi, 2007; Ferreira, 2010). Tais narrativas históricas que usualmente remetem a nomes, objetos e eventos relevantes para a Psicologia Social em suas diferentes vertentes, além de demarcarem especificidades do ponto de vista epistemológico, teórico e metodológico, são permeadas por relações de poder que perpassam a busca da legitimação de discursos nesse campo de conhecimento, bem como a delimitação daquilo que se pode chamar de Psicologia Social. Note-se, nesse sentido, que mesmo as narrativas que convergem para a divisão clássica apontada, frequentemente apresentam posicionamentos divergentes em relação ao que se constitui como 'a forma mais legítima' da Psicologia Social desde um ponto de vista científico. Outro tipo de análise da história da Psicologia Social nos é oferecida por Prado Filho (2011) que, ao distanciar-se de uma perspectiva epistemológica, propõe uma arqueologia da Psicologia Social brasileira a partir da análise das condições de possibilidade da constituição desse campo. Nos aproximamos dessa perspectiva ao nos propormos a discutir, nesse Grupo de Trabalho, a emergência de objetos e perspectivas teóricas da Psicologia