A Condição Urbana Capítulo III
O arquipélago mundial e a explosão das metrópoles
As cidades comerciais da primeira globalização, cidades-rede, não tinham como papel cercar um espaço, mas assegurava a capacidade de entrar e sair e um equilíbrio estável entre um processo de territorialização e um processo de desterritorialização.
O global e as suas cidades
A colocação dos lugares em rede participa de uma “economia de arquipélago”, remetendo a níveis de hierarquia; assim, é uma economia de escala. Por outro lado, o urbano generalizado e contínuo produz descontinuidades que pesam na configuração dos lugares, e é preciso observar o processo de reterritorialização em curso, se raduzindo pela fragmentação e explosão, a malhagem ligada a reticulação e multipolarização. Essa “continuidade” dos fluxos esão na origem de hierarquias e desmembramentos inéditos, de que a cidade-gigante, mais ou menos informe, e a cidade global, adaptada ao sucesso econômico, são símbolos. Além disso, há a dinâmica metropolitana, que subentende a extensão indefinida, multipolaridade e explosão.
Uma economia de arquipélago
A “cidade global” vai ao encontro da temática do “fim dos territórios, mas também se increve numa economia representada pela forma de um arquipélago. A dispersão geográfica das atividades econômicas exige a reconstituição de centralidades, a saber, “concentrando funções de comando”. Mas essa extensão passa pela emergência de uma economia de arquipélago com diversas características.
Essa economia lagunar introduz um mundo “líquido”, por ser uma economia fluida, sujeita a mudanças e também capaz de adaptações rápidas. Além disso, rompe com o sitema de organização hierárquica correspondente à sociedade industrial e fordista e à empresa piramidal.
É indissociável de uma ação que se desenrola nos níveis global, nacional, metropolitano e regional. O primeiro é aquele das cidade globais, do Arquipélago Metropolitano Mundial, dependendo da concentração das atividades de inovação e de comando. As