A condição do sujeito na pós-modernidade
Este trabalho tem como objetivo mostrar como se constrói a ilusão da individualidade que se move em refinados setores na contemporaneidade e de que modo o adolescente-aluno é afetado pelo emaranhado de sentidos de uma sociedade extremamente diversificada. Ao mesmo tempo, verificar, também, as dimensões sociais que nos ordenam, embora o “sujeito” conceba-se como único. O “Eu” saturado no social e que busca uma estabilização, uma costura na sua dimensão cultural. A sensação de fragilidade é inevitável e se reflete na sala de aula e cria uma tensão na aprendizagem que não se dilui a um nível desejado , muitas vezes, pela falta de compreensão da complexidade do processo. Leia-se “complexidade” como a presença de traumas em rede. Os temas da identidade e da diferença cultural serão aqui tratados de maneira a possibilitar um mergulho na ilusão de que “pertecemos” Segundo Gordon Mathews(2002), a maioria das pessoas tende a pensar em cultura com a ideia de pertencimento. Mas hoje isso tem se mostrado confuso: nós pertencemos a um lugar? Ao acreditar ser possível escolher aspectos de nossa vida e da cultura, criamos uma identificação, marcamos uma identidade? Será que temos a compreensão de como os nossos alunos-adolescentes são afetados e as dimensões do cotidiano da aprendizagem? Como tratar de todas as mudanças que marcam a cultura contemporânea, e que a tornaram tão estranha a certas noções fundamentais à modernidade? Canclini(2000) defende a ideia de que as representações culturais são atravessadas por uma hibridização, que se impõe na contemporaneidade como um conceito básico no quadro de referências teóricas dos discurso pós-colonialistas. Os novos sujeitos híbridos são seres emergentes, indissociáveis da urgência do presente e da marca que nele vai deixando a diferença. Neste sentido, fico imaginando qual seria o lugar da escola e de seu currículo? Pois a