Ressucitação cardiopulmonar
Arquivos Brasileiros de Cardiologia
Junho de 1996 - Volume 66 - Número 6
Consenso Nacional de
Ressuscitação
Cardiorrespiratória
Editores
Silvia Regina Rios Vieira, Ari Timerman
Coordenadores
Ari Timerman, Luis Antonio Machado Cesar,
Sergio Timerman, Silvia Regina Rios Vieira
Participantes
Amélia Gorete A. C. Reis, Antonio Carlos Pereira Barretto, Ari Timerman, Citânia Lucia Tedoldi,
Daniel Born,Edison Paiva, Edison Stefanini, Edivaldo Utiyama, Elias Knobel,
Elizabete Silva dos Santos, Januário Andrade, JoãoAugusto Mattar, José Carlos Pachon Mateos,
Luis Antonio Machado Cesar, Maria Cristina Paganini, Miguel Moretti, Murilo Bittencourt,
Renato Sergio Pogetti, Rogerio Montenegro,
Sebastião Araujo, Sergio Timerman, Silvia Regina Rios Vieira
Comissão Organizadora
Comissão Nacional de Ressuscitação Cardiorrespiratória da Sociedade
Brasileira de Cardiologia
(FUNCOR)
Arq Bras Cardiol volume 66, (nº 6), 1996
Introdução
O tratamento da parada cardiorrespiratória (PCR) recebe diferentes denominações: ressuscitação cardiopulmonar, ressuscitação cardiorrespiratória (RCR), reanimação cardiorrespiratória, reanimação cardiopulmonar, reanimação cardiorrespiratória cerebral; todas elas corretas.
Entretanto, o termo mais utilizado em nosso meio e que será o adotado neste consenso é o RCR.
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Conceitos gerais - PCR é a interrupção súbita da atividade mecânica ventricular, útil e suficiente, e da respiração; morte clínica : falta de movimentos respiratórios e batimentos cardíacos eficientes na ausência de consciência, com viabilidade cerebral e biológica; morte biológica irreversível: deterioração irreversível dos órgãos, que se segue à morte clínica, quando não se institui as manobras de
RCR; morte encefálica (freqüentemente referida como morte cerebral): ocorre quando há lesão irreversível do tronco e do córtex cerebral, por injúria direta ou falta de oxigenação, por um tempo, em geral, superior a 5min em