A conclusão dos itens de Jean Piaget
O artigo A epistemologia genética de Jean Piaget, de Gelson Luiz Dalgan de Pádua, editado na Revista FACEVV, em 2009 número 2, p22-35, trata da Epistemologia Genética baseada na inteligência. A Epistemologia Genética proposta por Piaget é essencialmente baseada na inteligência e na construção do conhecimento e visa responder não só como os homens, sozinhos ou em conjunto, constroem conhecimentos, mas também por quais processos e por que etapas eles conseguem fazer isso. O trabalho ora apresentado tem a intenção de apresentar os conceitos que permeiam a Epistemologia Genética e, como a Teoria da Equilibração é subjacente a ela, se fez necessário apresentá-la também, ainda que de forma sucinta, para se ter um panorama mais abrangente do tema tratado. Este trabalho visa apresentar, em linhas gerais, a Epistemologia Genética de Jean Piaget à leitores não-familiarizados com essa teoria.
1. Introdução
Desde muito cedo Jean Piaget demonstrou sua capacidade de observação. Aos onze anos percebeu um melro albino em uma praça de sua cidade. A observação deste pássaro gerou seu primeiro trabalho científico. Formado em Biologia interessou-se por pesquisar sobre o desenvolvimento do conhecimento nos seres humanos. As teorias de Jean Piaget, portanto, tentam nos explicar como se desenvolve a inteligência nos seres humanos. Daí o nome dado a sua ciência de Epistemologia Genética, que é entendida como o estudo dos mecanismos do aumento dos conhecimentos.
Convém esclarecer que as teorias de Piaget têm comprovação em bases científicas. Ou seja, ele não somente descreveu o processo de desenvolvimento da inteligência, mas, experimentalmente, comprovou suas teses. Resumir a teoria de Jean Piaget não é uma tarefa fácil, pois sua obra tem mais páginas que a Enciclopédia Britânica. Desde que se interessou por desvendar o desenvolvimento da inteligência humana, Piaget trabalhou compulsivamente em seu objetivo, até às vésperas de sua morte, em 1980,